“É tão grande a força e a virtude da Palavra de Deus, que ela se torna para a Igreja apoio e vigor e, para os filhos da Igreja, solidez da fé, alimento da alma, fonte pura e perene de vida espiritual” (“Dei Verbum”, 21). É necessário que “os fiéis tenham largo acesso à Sagrada Escritura” (“Dei Verbum”, 22).
“O estudo das páginas sagradas deve ser como que a ‘alma’ da sagrada teologia. Também o ministério da Palavra, isto é, a pregação pastoral, a catequese e toda a espécie de instrução cristã, na qual a homilia litúrgica deve ter um lugar principal, com proveito se alimenta e santamente se revigora com a palavra da Escritura” (“Dei Verbum”, 24).
A Igreja exorta com ardor e insistência todos os fiéis [...] a que aprendam "a sublime ciência de Jesus Cristo" (Fl. 3, 8) na leitura frequente da Sagrada Escritura. Porque "a ignorância das Escrituras é ignorância de Cristo" (“Dei Verbum”, 25).
Em novembro de 1965, no final do Concílio Ecumênico Vaticano II, Paulo VI, promulgou a Constituição Dogmática “Dei Verbum”. Nela se afirma que “toda pregação eclesiástica, como a própria religião cristã, deve ser alimentada e regida pela Sagrada Escritura”, que constitui “alimento da alma e perene fonte de vida espiritual” (“Dei Verbum”, 21). O Concílio retomou a afirmação de Santo Agostinho de que “ignorar as Escrituras é ignorar Cristo”. Por isso fez um convite aos cristãos para que se achegassem ao texto sagrado “pela Sagrada Liturgia, pela piedosa leitura e por cursos bíblicos”. Citando Santo Ambrósio, alertou para a necessidade de a leitura da Sagrada Escritura vir acompanhada pela oração, “pois a Deus falamos quando rezamos e a Ele ouvimos quando lemos os divinos oráculos” (“Dei Verbum”, 25).
A partir do Concílio, a Igreja começou a incentivar as famílias a terem a sua Bíblia em casa. Por isso, hoje já são poucas as famílias católicas que ainda não têm Bíblia. Se por acaso alguém ainda não a possuir, pode aproveitar as promoções que as livrarias católicas fazem no mês de setembro para adquiri-la.
Ter a Bíblia em casa não é suficiente para um cristão. É preciso também ler o que nela está escrito. E a leitura não pode ser feita da mesma forma como se lê um jornal ou um romance policial. A Bíblia deve ser lida em clima de oração e com o coração voltado para Deus, prestando atenção à mensagem que Ele nos quer passar.
Colocar em prática o que a Bíblia propõe é o grande desafio para os cristãos. Mahatma Gandhi depois de ter lido a Bíblia se desiludiu profundamente com os cristãos que levavam uma vida em total desacordo com os ensinamentos de Jesus. Dizia ele: “Não conheço ninguém que tenha feito mais para a humanidade do que Jesus. O problema são vocês, cristãos, que não vivem o que a Bíblia ensina”.
Aproveitemos não só o mês de setembro, mas todos os dias, para criar maior familiaridade com a Palavra de Deus. Procuremos dar-lhe um lugar de destaque em nossas casas e tirar alguns minutos do dia para ler algum texto bíblico. Se tivermos oportunidade, participemos de círculos e estudos da Bíblia que várias paróquias estão nos oferecendo. Acima de tudo coloquemos em prática o que a Palavra de Deus nos propõe. A exemplo da mãe de Jesus, “que guardava tudo em seu coração”, guardemos a Palavra de Deus, meditando sobre aquilo que ela nos propõe.
Padre André Sampaio de Oliveira
Pároco da Igreja Nossa Senhora da Misericórdia
(Fiéis da Língua Inglesa)
Pároco da Igreja Nossa Senhora da Misericórdia
(Fiéis da Língua Inglesa)
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