A formação do músico católico é fundamental e a pedra principal é sua obediência e concordância litúrgica.
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quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO - PARTE II(V)

CAPÍTULO II

ESTRUTURA DA MISSA, SEUS ELEMENTOS E SUAS PARTES

I. Estrutura geral da Missa

27. Na Missa ou Ceia do Senhor, o povo de Deus é convocado e reunido, sob a presidência do sacerdote que faz as vezes de Cristo, para celebrar o memorial do Senhor ou sacrifício eucarístico[1]. A esta assembléia local da santa Igreja se aplica eminentemente a promessa de Cristo: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou Eu no meio deles” (Mt 18, 20). Com efeito, na celebração da Missa, em que se perpetua o sacrifício da cruz[2], Cristo está realmente presente: na própria assembléia congregada em seu nome, na pessoa do ministro, na sua palavra e, ainda, de uma forma substancial e permanente, sob as espécies eucarísticas[3].

28. A Missa consta, por assim dizer, de duas partes: a liturgia da palavra e a liturgia eucarística. Estas duas partes, porém, estão entre si tão estreitamente ligadas que constituem um único ato de culto[4]. De fato, na Missa é posta a mesa, tanto da palavra de Deus como do Corpo de Cristo, mesa em que os fiéis recebem instrução e alimento[5]. Há ainda determinados ritos, a abrir e a concluir a celebração.

II. Os diversos elementos da Missa

Leitura da palavra de Deus e sua explanação

29. Quando na Igreja se lê a Sagrada Escritura, é o próprio Deus quem fala ao seu povo, é Cristo, presente na sua palavra, quem anuncia o Evangelho.

Por isso as leituras da palavra de Deus, que oferecem à Liturgia um elemento da maior importância, devem ser escutadas por todos com veneração. E embora a palavra divina, contida nas leituras da Sagrada Escritura, seja dirigida a todos os homens de todos os tempos e seja para eles inteligível, no entanto a sua mais plena compreensão e a sua eficácia são favorecidas por um comentário vivo, isto é, a homilia, que faz parte da ação litúrgica[6].

Orações e outros elementos que pertencem à função do sacerdote

30. Entre as partes da Missa que pertencem ao sacerdote, está em primeiro lugar a Oração eucarística, ponto culminante de toda a celebração. Vêm a seguir as orações: a oração coleta, a oração sobre as oblatas e a oração depois da comunhão. O sacerdote, que preside à assembléia fazendo as vezes de Cristo, dirige estas orações a Deus em nome de todo o povo santo e de todos os presentes[7]. Por isso se chamam “orações presidenciais”.

31. Compete igualmente ao sacerdote, enquanto presidente da assembléia reunida, fazer certas admonições [ ] previstas no próprio rito. Onde as rubricas o prevejam, o celebrante pode adaptá-las de modo a corresponderem melhor à capacidade dos participantes; no entanto, o sacerdote deve procurar que o sentido da admonição proposta no livro litúrgico seja sempre mantido e expresso em poucas palavras. Pertence ainda ao sacerdote presidente anunciar a palavra de Deus e dar a bênção final. Pode ainda introduzir os fiéis, com brevíssimas palavras: na Missa do dia, após a saudação inicial e antes do rito penitencial; na liturgia da palavra, antes das leituras; na Oração eucarística, antes do Prefácio, mas nunca dentro da própria Oração; finalmente, antes da despedida, ao terminar toda a ação sagrada.

32. O caráter «presidencial» destas intervenções exige que elas sejam proferidas em voz alta e clara e escutadas por todos com atenção[8]. Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não se hão de ouvir nenhumas outras orações ou cânticos, nem o toque do órgão ou de outros instrumentos musicais.

33. Como presidente [ ], o sacerdote pronuncia as orações em nome da Igreja e da comunidade reunida, [ ] mas, por vezes, também o faz em nome pessoal, para despertar maior atenção e piedade no exercício do seu ministério. Estas orações, propostas para antes da leitura do Evangelho, na preparação dos dons, e antes e depois da comunhão do sacerdote, são ditas em silêncio (“secreto”).

Outras fórmulas utilizadas na celebração

34. A celebração da Missa é, por sua natureza, “comunitária”[9]. Por isso têm grande importância os diálogos entre o celebrante e os fiéis reunidos, bem como as aclamações[10]. Tais elementos não são apenas sinais externos de celebração coletiva, mas favorecem e realizam a estreita comunhão entre o sacerdote e o povo.

35. As aclamações e as respostas dos fiéis às saudações do sacerdote e às orações constituem aquele grau de participação ativa por parte da assembléia dos fiéis, que se exige em todas as formas de celebração da Missa, para que se exprima claramente e se estimule a ação de toda a comunidade[11].

36. Há ainda outras partes da celebração, que pertencem igualmente a toda a assembléia convocada e muito contribuem para manifestar e favorecer a participação ativa dos fiéis: são principalmente o ato penitencial, a profissão de fé, a oração universal e a oração dominical.

37. Finalmente, entre as restantes fórmulas:
  • a) umas constituem um rito ou ato por si mesmas, como o hino Glória, o salmo responsorial, o Aleluia e o versículo antes do Evangelho, o Santo, a aclamação da anamnese e o cântico depois da Comunhão;
  • b) outras destinam-se a acompanhar um rito, como o cântico de entrada, do ofertório, da fração (Cordeiro de Deus) e da Comunhão.
Modos de proferir os vários textos

38. Nos textos que devem ser proferidos claramente e em voz alta, quer pelo sacerdote ou pelo diácono, quer pelo leitor ou por todos, a voz deve corresponder ao gênero do próprio texto, conforme se trata de leitura, oração, admonição, aclamação ou cântico. Igualmente se há de acomodar à forma de celebração e à solenidade da assembléia. Tenha-se em conta, além disso, a índole peculiar de cada língua e a mentalidade dos povos.

Nas rubricas e normas que se seguem, as palavras “dizer” ou “proferir” devem ser entendidas como referentes quer ao canto quer à simples recitação, segundo os princípios atrás enunciados.

Importância do canto

39. O Apóstolo exorta os fiéis, que se reúnem à espera da vinda do Senhor, a que unam as suas vozes para cantar salmos, hinos e cânticos espirituais (cf. Col 3, 16). O canto é sinal de alegria do coração (cf. Atos 2, 46). Bem dizia Santo Agostinho: “Cantar é próprio de quem ama”[12]. E vem já de tempos antigos o provérbio: “Quem bem canta, duas vezes reza”.

40. Deve ter-se, pois, em grande apreço o canto na celebração da Missa, de acordo com a índole dos povos e as possibilidades de cada assembléia litúrgica. Embora não seja necessário cantar sempre, por exemplo nas Missas feriais, todos os textos que, por si mesmos, se destinam a ser cantados, deve no entanto procurar-se com todo o cuidado que não falte o canto dos ministros e do povo nas celebrações que se realizam nos domingos e festas de preceito.

Na escolha das partes que efetivamente se cantam, dê-se preferência às mais importantes, sobretudo às que devem ser cantadas pelo sacerdote ou pelo diácono ou pelo leitor, com resposta do povo, bem como às que pertence ao sacerdote e ao povo proferir conjuntamente[13].

41. Em igualdade de circunstâncias, dê-se a primazia ao canto gregoriano, como canto próprio da Liturgia romana. De modo nenhum se devem excluir outros gêneros de música sacra, principalmente a polifonia, desde correspondam ao espírito da ação litúrgica e favoreçam a participação de todos os fiéis[14].

Dado que [ ] hoje é cada vez mais freqüente o encontro de fiéis de diferentes nacionalidades, convém que eles saibam cantar em latim pelo menos algumas partes do Ordinário da Missa, sobretudo o símbolo da fé e a oração dominical, nas suas melodias mais fáceis[15].

Os gestos e atitudes corporais

42. Os gestos e atitudes corporais, tanto do sacerdote, do diácono e dos ministros, como do povo, visam conseguir que toda a celebração brilhe pela beleza e nobre simplicidade, que se compreenda a significação verdadeira e plena das suas diversas partes e que se facilite a participação de todos[16]. Para isso deve atender-se ao que está definido pelas leis litúrgicas e pela tradição do Rito Romano, e ao que concorre para o bem comum espiritual do povo de Deus, mais do que à inclinação e arbítrio de cada um.

A atitude comum do corpo, que todos os participantes na celebração devem observar, é sinal de unidade dos membros da comunidade cristã reunidos para a sagrada Liturgia: exprime e favorece os sentimentos e a atitude interior dos presentes[17].

43. [ ] Os fiéis estão de pé: desde o início do cântico de entrada, ou enquanto o sacerdote se encaminha para o altar, até à oração coleta, inclusive; durante o cântico do Aleluia que precede o Evangelho; durante a proclamação do Evangelho; durante a profissão de fé e a oração universal; e desde o invitatório Orai, irmãos, antes da oração sobre as oblatas, até ao fim da Missa, exceto nos momentos adiante indicados.

Estão sentados: durante as leituras que precedem o Evangelho e durante o salmo responsorial; durante a homilia e durante a preparação dos dons ao ofertório; e, se for oportuno, durante o silêncio sagrado depois da Comunhão.

Estão de joelhos durante a consagração, exceto se razões de saúde, a estreiteza do lugar, o grande número dos presentes ou outros motivos razoáveis a isso obstarem. Aqueles, porém, que não estão de joelhos durante a consagração, fazem uma inclinação profunda enquanto o sacerdote genuflecte após a consagração.

Compete, todavia, às Conferências dos Bispos, segundo as normas do direito, adaptar à mentalidade e tradições razoáveis dos povos os gestos e atitudes indicados no Ordinário da Missa[18] [ ]. Atenda-se, porém, a que estejam de acordo com o sentido e o caráter de cada uma das partes da celebração. Onde for costume que o povo permaneça de joelhos desde o fim da aclamação do Sanctus até ao fim da Oração eucarística, é bom que este se mantenha.

Para se conseguir a uniformidade nos gestos e atitudes do corpo em uma mesma celebração, os fiéis devem obedecer às indicações que, no decurso da mesma, lhes forem dadas pelo diácono, por um ministro leigo ou pelo sacerdote, de acordo com o que está estabelecido nos livros litúrgicos [ ].

44. Entre os gestos contam-se também: as ações e as procissões do sacerdote ao dirigir-se para o altar com o diácono e os ministros; do diácono, antes da proclamação do Evangelho, ao levar o Evangeliário ou Livro dos evangelhos para o ambão; dos fiéis ao levarem os dons e ao aproximarem-se para a Comunhão. Convém que estas ações e procissões se realizem com decoro, enquanto se executam os cânticos respectivos, segundo as normas estabelecidas para cada caso.

O silêncio

45. Também se deve guardar, nos momentos próprios, o silêncio sagrado, como parte da celebração[19]. A natureza deste silêncio depende do momento em que ele é observado no decurso da celebração. Assim, no ato penitencial e a seguir ao convite à oração, o silêncio destina-se ao recolhimento interior; a seguir às leituras ou à homilia, é para uma breve meditação sobre o que se ouviu; depois da Comunhão, favorece a oração interior de louvor e ação de graças.

Antes da própria celebração é louvável observar o silêncio na igreja, na sacristia e nos lugares que lhes ficam mais próximos, para que todos se preparem para celebrar devota e dignamente os ritos sagrados.

III. As várias partes da Missa

A) Ritos iniciais

46. Os ritos que precedem a liturgia da palavra – entrada, saudação, ato penitencial, Kýrie (Senhor, tende piedade de nós), Glória e oração coleta – têm o caráter de exórdio, introdução e preparação.

É sua finalidade estabelecer a comunhão entre os fiéis reunidos e dispô-los para ouvirem devidamente a palavra de Deus e celebrarem dignamente a Eucaristia.

Em algumas celebrações que, segundo as normas dos livros litúrgicos, se ligam à Missa, os ritos iniciais omitem-se ou realizam-se de modo específico.

Entrada

47. Reunido o povo, enquanto entra o sacerdote com o diácono e os ministros, inicia-se o cântico de entrada. A finalidade deste cântico é dar início à celebração, favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-los no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do sacerdote e dos ministros.

48. O cântico de entrada é executado alternadamente pela schola e pelo povo, ou por um cantor alternando com o povo, ou por toda a assembléia em conjunto, ou somente pela schola. Pode utilizar-se ou a antífona com o respectivo salmo que vem no Gradual Romano ou no Gradual simples, ou outro cântico apropriado à ação sagrada ou ao caráter do dia ou do tempo, cujo texto tenha a aprovação da Conferência dos Bispos[20].

Se não há cântico de entrada, recita-se a antífona que vem no Missal, ou por todos os fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor; ou então pelo próprio sacerdote, que também pode adaptá-la à maneira de admonição inicial (cf. n. 31).

Saudação do altar e da assembléia

49. Chegados ao presbitério, o sacerdote, o diácono e os ministros saúdam o altar com inclinação profunda.

Em sinal de veneração, o sacerdote e o diácono beijam então o altar; e, se for oportuno, o sacerdote incensa a cruz e o altar.

50. Terminado o cântico de entrada, o sacerdote, de pé junto da cadeira, e toda a assembléia fazem sobre si próprios o sinal da cruz; em seguida [ ], pela saudação, faz sentir à comunidade reunida a presença do Senhor. Com esta saudação e a resposta do povo manifesta-se o mistério da Igreja reunida.

[Depois da saudação do povo, o sacerdote, ou o diácono, ou outro ministro, pode, com palavras muito breves, introduzir os fiéis na Missa do dia].

Ato penitencial

51. Em seguida, o sacerdote convida ao ato penitencial, o qual, após uma breve pausa de silêncio, é feito por toda a comunidade com uma fórmula de confissão geral e termina com a absolvição do sacerdote; esta absolvição, porém, carece da eficácia do sacramento da penitência.

Ao domingo, principalmente no tempo pascal, em vez do costumado ato penitencial pode fazer-se, por vezes, a bênção e a aspersão da água em memória do batismo[21].

Kýrie, eleison

52. Depois do ato penitencial, diz-se sempre o Senhor, tende piedade de nós (Kýrie, eléison), a não ser que já tenha sido incluído no ato penitencial. Dado tratar-se de um canto em que os fiéis aclamam o Senhor e imploram a sua misericórdia, é normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e a schola ou um cantor.

Cada uma das aclamações diz-se normalmente duas vezes, o que não exclui, porém, um maior número, de acordo com a índole de cada língua, da arte musical ou das circunstâncias [ ]. Quando o Kýrie é cantado como parte do ato penitencial, cada aclamação é precedida de um «tropo».

Glória in excelsis

53. O Glória é um antiqüíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro. É começado pelo sacerdote ou, se for oportuno, por um cantor, ou pela schola, e é cantado ou por todos em conjunto, ou pelo povo alternando com a schola, ou só pela schola. Se não é cantado, é recitado ou por todos em conjunto ou por dois coros alternadamente.

Canta-se ou recita-se nos domingos fora do Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes.

Oração coleta

54. Em seguida, o sacerdote convida o povo à oração; e todos, juntamente com ele, se recolhem uns momentos em silêncio, a fim de tomarem consciência de que se encontram na presença de Deus e poderem formular interiormente as suas intenções. Então o sacerdote diz a oração que se chama «colecta», pela qual se exprime o caráter da celebração. Segundo a tradição antiga da Igreja, a oração dirige-se habitualmente a Deus Pai, por Cristo, no Espírito Santo[22], e termina com a conclusão trinitária, isto é, a mais longa, deste modo: [ ]

– se é dirigida ao Pai: Per Dóminum nostrum Iesum Christum Fílium tuum, qui tecum vivit et regnat in unitáte Spíritus Sancti, Deus, per ómnia sáecula saeculórum;

– se é dirigido ao Pai, mas no fim é mencionado o Filho: Qui tecum vivit et regnat in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum;

– se é dirigido ao Filho: Qui vivis et regnas cum Deo Patre in unitate Spíritus Sancti, Deus, per omnia sáecula saeculórum. [ ]

O povo associa-se a esta súplica e faz sua a oração pela aclamação Amen.

Na Missa diz-se sempre uma só oração coleta. [ ]

B) Liturgia da palavra

55. A parte principal da liturgia da palavra é constituída pelas leituras da Sagrada Escritura com os cânticos intercalares. São seu desenvolvimento e conclusão a homilia, a profissão de fé e a oração universal ou oração dos fiéis. Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo[23], revela-lhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis[24]. O povo faz sua esta palavra divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com a profissão de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro.

Silêncio

56. A liturgia da palavra deve ser celebrada de modo a favorecer a meditação. Deve, por isso, evitar-se completamente qualquer forma de pressa que impeça o recolhimento. Haja nela também breves momentos de silêncio, adaptados à assembléia reunida, nos quais, com a ajuda do Espírito Santo, a Palavra de Deus possa ser interiorizada e se prepare a resposta pela oração. Pode ser oportuno observar estes momentos de silêncio depois da primeira e da segunda leitura e, por fim, após a homilia.

57. Nas leituras põe-se aos fiéis a mesa da palavra de Deus e abrem-se-lhes os tesouros da Bíblia[25]. Convém, por isso, observar uma disposição das leituras bíblicas que ilustre a unidade de ambos os Testamentos e da história da salvação; não é lícito substituir as leituras e o salmo responsorial, que contêm a palavra de Deus, por outros textos não bíblicos[26].

58. Na celebração da Missa com o povo, as leituras proclamam-se sempre do ambão.

59. Segundo a tradição, a função de proferir as leituras não é presidencial, mas sim ministerial. Por isso as leituras são proclamadas por um leitor, mas o Evangelho é anunciado pelo diácono ou por outro sacerdote. Se, porém, não estiver presente o diácono nem outro sacerdote, leia o Evangelho o próprio sacerdote celebrante; e se também faltar outro leitor idôneo o sacerdote celebrante proclame igualmente as outras leituras.

Depois de cada leitura, aquele que a lê profere a aclamação; ao responder-lhe, o povo reunido presta homenagem à palavra de Deus, recebida com fé e espírito agradecido.

60. A leitura do Evangelho constitui o ponto culminante da liturgia da palavra. Deve ser-lhe atribuída a maior veneração. Assim o mostra a própria Liturgia, distinguindo esta leitura das outras com honras especiais, quer por parte do ministro encarregado de a anunciar e pela bênção e oração com que se prepara para o fazer, quer por parte dos fiéis que, com as suas aclamações, reconhecem e confessam que é Cristo presente no meio deles quem lhes fala, e, por isso, escutam a leitura de pé; quer ainda pelos sinais de veneração ao próprio Evangeliário.

Salmo responsorial

61. A primeira leitura é seguida do salmo responsorial, [ ] que é parte integrante da liturgia da palavra e tem, por si mesmo, grande importância litúrgica e pastoral, pois favorece a meditação da Palavra de Deus.

O salmo responsorial corresponde a cada leitura e habitualmente toma-se do Lecionário.

Convém que o salmo responsorial seja cantado, pelo menos no que se refere à resposta do povo. [O salmista ou cantor do salmo, do ambão ou de outro sítio conveniente, recita os versículos do salmo; toda a assembléia escuta sentada, ou, de preferência, nele participa do modo costumado com o refrão, a não ser que o salmo seja recitado todo seguido, sem refrão.] Todavia, para facilitar ao povo a resposta salmódica (refrão), fez-se, para os diferentes tempos e as várias categorias de Santos, uma seleção de responsórios e salmos, que podem ser utilizados, em vez do texto correspondente à leitura, quando o salmo é cantado. Se o salmo não puder ser cantado, recita-se do modo mais indicado para favorecer a meditação da palavra de Deus. [ ]

Em vez do salmo que vem indicado no Lecionário, também se pode também cantar ou o responsório gradual tirado do Gradual Romano ou um salmo responsorial ou aleluiático do Gradual simples, na forma indicada nestes livros.

Aclamação antes da leitura do Evangelho

62. Depois da leitura, que precede imediatamente o Evangelho, canta-se o Aleluia ou outro cântico, indicado pelas rubricas, conforme o tempo litúrgico. Deste modo a aclamação constitui um rito ou um ato com valor por si próprio, pelo qual a assembléia dos fiéis acolhe e saúda o Senhor, que lhe vai falar no Evangelho, e professa a sua fé por meio do canto. É cantada por todos de pé, iniciada pela schola ou por um cantor, e pode-se repetir, se for conveniente; mas o versículo é cantado pela schola ou pelo cantor.
  • a) O Aleluia canta-se em todos os tempos fora da Quaresma [ ]. Os versículos tomam-se do Lecionário ou do Gradual;
  • b) Na Quaresma, em vez do Aleluia canta-se o versículo antes do Evangelho que vem no Lecionário. Também se pode cantar outro salmo ou trato, como se indica no Gradual.
63. No caso de haver uma só leitura antes do Evangelho:
  • a) nos tempos em que se diz Aleluia, pode escolher-se ou o salmo aleluiático, ou o salmo e o Aleluia com o seu versículo; [ ]
  • b) no tempo em que não se diz Aleluia, pode escolher-se ou o salmo e o versículo antes do Evangelho ou apenas o salmo. [ ]
  • c) O Aleluia ou o versículo antes do Evangelho, se não são cantados, podem omitir-se.
64. A seqüência, que exceto nos dias da Páscoa e do Pentecostes é facultativa, canta-se antes do Aleluia.

Homilia

65. A homilia é parte da liturgia e muito recomendada[27]: é um elemento necessário para alimentar a vida cristã. Deve ser a explanação de algum aspecto das leituras da Sagrada Escritura ou de algum texto do Ordinário ou do Próprio da Missa do dia, tendo sempre em conta o mistério que se celebra, bem como as necessidades peculiares dos ouvintes[28].

66. [Habitualmente a homilia deve ser feita pelo sacerdote celebrante] ou por um sacerdote concelebrante, por ele encarregado, ou algumas vezes, se for oportuno, também por um diácono, mas nunca por um leigo[29]. Em casos especiais e por justa causa, a homilia também pode ser feita, por um Bispo ou presbítero que se encontra na celebração mas sem poder concelebrar.

Nos domingos e festas de preceito, deve haver homilia em todas as Missas celebradas com participação do povo, e não pode omitir-se senão por causa grave. Além disso, é recomendada, particularmente nos dias feriais do Advento, Quaresma e Tempo Pascal, e também noutras festas e ocasiões em que é maior a afluência do povo à Igreja[30].

Depois da homilia, observe-se oportunamente um breve espaço de silêncio.

Profissão de fé

67. O símbolo, ou profissão de fé, [ ] tem como finalidade permitir que todo o povo reunido, responda à palavra de Deus anunciada nas leituras da sagrada Escritura e exposta na homilia [ ], e que, proclamando a regra da fé, segundo a fórmula aprovada para o uso litúrgico, recorde e professe os grandes mistérios da fé, antes de começarem a ser celebrados na Eucaristia.

68. O símbolo deve ser cantado ou recitado pelo sacerdote juntamente com o povo, nos domingos e nas solenidades. Pode também dizer-se em celebrações especiais mais solenes.

Se [ ] é cantado, é começado pelo sacerdote ou, se for o caso, por um cantor, ou pela schola; cantam-no todos em conjunto ou o povo alternando com a schola.

Se não é cantado, deve ser recitado conjuntamente por todos ou por dois coros alternadamente.

Oração universal

69. Na oração universal ou oração dos fiéis, o povo responde, de algum modo à palavra de Deus recebida na fé e, exercendo a função do seu sacerdócio batismal, apresenta preces a Deus pela salvação de todos. Convém que em todas as Missas com participação do povo se faça esta oração, na qual se pede pela santa Igreja, pelos governantes, pelos que se encontram em necessidade, por todos os homens em geral e pela salvação do mundo inteiro[31].

70. Normalmente a ordem das intenções é a seguinte:
  • a) pelas necessidades da Igreja;
  • b) pelas autoridades civis e pela salvação do mundo;
  • c) por aqueles que sofrem dificuldades;
  • d) pela comunidade local.
Em celebrações especiais – por exemplo, Confirmação, Matrimônio, Exéquias – a ordem das intenções pode acomodar-se às circunstâncias.

71. Compete ao sacerdote celebrante dirigir da sede esta prece. Ele próprio a introduz com uma breve admonição, na qual convida os fiéis a orar, e a conclui com uma oração. As intenções que se propõem, formuladas de forma sóbria, com sábia liberdade e em poucas palavras, devem exprimir a súplica de toda a comunidade.

Habitualmente são enunciadas do ambão ou de outro lugar conveniente, por um diácono, por um cantor, por um leitor, ou por um fiel leigo[32].

O povo, de pé, faz suas estas súplicas, ou com uma invocação comum proferida depois de cada intenção, ou orando em silêncio.

C) Liturgia eucarística

72. Na última Ceia, Cristo instituiu o sacrifício e banquete pascal, por meio do qual, todas as vezes que o sacerdote, representando a Cristo Senhor, faz o mesmo que o Senhor fez e mandou aos discípulos que fizessem em sua memória, se torna continuamente presente o sacrifício da cruz[33].

Cristo tomou o pão e o cálice, pronunciou a ação de graças, partiu o pão e deu-o aos seus discípulos, dizendo: «Tomai, comei, bebei: isto é o meu Corpo; este é o cálice do meu Sangue. Fazei isto em memória de Mim». Foi a partir destas palavras e gestos de Cristo que a Igreja ordenou toda a celebração da liturgia eucarística. Efetivamente:
  • 1) Na preparação dos dons, levam-se ao altar o pão e o vinho com água, isto é, os mesmos elementos que Cristo tomou em suas mãos.
  • 2) Na Oração eucarística, dão-se graças a Deus por toda a obra da salvação, e as oblatas convertem-se no Corpo e Sangue de Cristo.
  • 3) Pela fração [ ] do pão [ ] e pela Comunhão, os fiéis, embora muitos, recebem, de um só pão, o Corpo e Sangue do Senhor, do mesmo modo que os Apóstolos o receberam das mãos do próprio Cristo.
Preparação dos dons

73. A iniciar a liturgia eucarística, levam-se para o altar os dons, que se vão converter no Corpo e Sangue de Cristo.

Em primeiro lugar prepara-se o altar ou mesa do Senhor, que é o centro de toda a liturgia eucarística[34]; nele se dispõem o corporal, o purificador (ou sanguinho), o Missal e o cálice, salvo se este for preparado na credência.

Em seguida são trazidas as oferendas. É de louvar que o pão e o vinho sejam apresentados pelos fiéis. Recebidos pelo sacerdote ou pelo diácono em lugar conveniente, são depois levados para o altar. Embora, hoje em dia, os fiéis já não tragam do seu próprio pão e vinho, como se fazia noutros tempos, no entanto o rito desta apresentação conserva ainda valor e significado espiritual.

Além do pão e do vinho, são permitidas ofertas em dinheiro e outros dons, destinados aos pobres ou à Igreja, e tanto podem ser trazidos pelos fiéis como recolhidos dentro da Igreja. Estes dons serão dispostos em lugar conveniente, fora da mesa eucarística.

74. A procissão em que se levam os dons é acompanhada do cântico do ofertório (cf. n. 37, b), que se prolonga pelo menos até que os dons tenham sido depostos sobre o altar. As normas para a execução deste cântico são idênticas às que foram dadas para o cântico de entrada (cf. n. 48). O rito do ofertório pode ser sempre acompanhado de canto.

75. O pão e o vinho são depostos sobre o altar pelo sacerdote, acompanhados das fórmulas prescritas. O sacerdote pode incensar os dons colocados sobre o altar, depois a cruz e o próprio altar. Deste modo se pretende significar que a oblação e oração da Igreja se elevam, como fumo de incenso, à presença de Deus. Depois o sacerdote, por causa do sagrado ministério, e o povo, em razão da dignidade batismal, podem ser incensados pelo diácono ou por outro ministro. [ ]

76. A seguir, o sacerdote lava as mãos, ao lado do altar: com este rito se exprime o desejo de uma purificação interior.

Oração sobre as oblatas

77. Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes, o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a oração sobre as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração eucarística.

Na Missa diz-se uma só oração sobre as oblatas, que termina com a conclusão breve, isto é: Per Christum Dóminum nostrum; se no fim da oração se menciona o Filho, diz-se: Qui vivit et regnat in sáecula saeculórum.

Oração eucarística

78. Inicia-se então o momento central e culminante de toda a celebração, a Oração eucarística, que é uma oração de ação de graças e de consagração. O sacerdote convida o povo a elevar os corações para o Senhor, na oração e na ação de graças, e associa-o a si na oração que ele, em nome de toda a comunidade, dirige a Deus Pai por Jesus Cristo no Espírito Santo. O sentido desta oração é que toda a assembléia dos fiéis se una a Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício.

79. Como elementos principais da Oração eucarística podem enumerar-se os seguintes:
  • a) Ação de graças (expressa de modo particular no Prefácio): em nome de todo o povo santo, o sacerdote glorifica a Deus Pai e dá-Lhe graças por toda a obra da salvação ou por algum dos seus aspectos particulares, conforme o dia, a festa ou o tempo litúrgico.
  • b) Aclamação: toda a assembléia, em união com os coros celestes, canta o Sanctus (Santo). Esta aclamação, que faz parte da Oração eucarística, é proferida por todo o povo juntamente com o sacerdote.
  • c) Epiclese: consta de invocações especiais, pelas quais a Igreja implora o poder do Espírito Santo, para que os dons oferecidos pelos homens sejam consagrados, isto é, se convertam no Corpo e Sangue de Cristo; e para que a hóstia imaculada, que vai ser recebida na Comunhão, opere a salvação daqueles que dela vão participar.
  • d) Narração da instituição e consagração: mediante as palavras e gestos de Cristo, realiza-se o sacrifício que o próprio Cristo instituiu na última Ceia, quando ofereceu o seu Corpo e Sangue sob as espécies do pão e do vinho e os deu a comer e a beber aos Apóstolos, ao mesmo tempo que lhes confiou o mandato de perpetuar este mistério.
  • e) Anamnese: em obediência a este mandato, recebido de Cristo Senhor através dos Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos Céus.
  • f) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que nesse momento e nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada. A Igreja deseja que os fiéis não somente ofereçam a hóstia imaculada, mas aprendam a oferecer-se também a si mesmos[35] e, por Cristo mediador, se esforcem por realizar de dia para dia a unidade perfeita com Deus e entre si, até que finalmente Deus seja tudo em todos[36].
  • g) Intercessões: por elas se exprime que a Eucaristia é celebrada em comunhão com toda a Igreja, tanto do Céu como da terra, e que a oblação é feita em proveito dela e de todos os seus membros, vivos e defuntos, chamados todos a tomar parte na redenção e salvação adquirida pelo Corpo e Sangue de Cristo.
  • h) Doxologia final: exprime a glorificação de Deus e é ratificada e concluída pela aclamação Amen do povo. [ ]
Rito da Comunhão

80. A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por isso, que os fiéis, devidamente preparados, nela recebam, segundo o mandato do Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É esta a finalidade da fração e dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma mais imediata, para a Comunhão.

Oração dominical

81. Na Oração dominical pede-se o pão de cada dia, que para os cristãos evoca principalmente o pão eucarístico; igualmente se pede a purificação dos pecados, de modo que efetivamente “as coisas santas sejam dadas aos santos”. O sacerdote formula o convite à oração, que todos os fiéis recitam juntamente com ele. Então o sacerdote diz sozinho o embolismo, que o povo conclui com uma doxologia. O embolismo é o desenvolvimento da última petição da oração dominical; nele se pede para toda a comunidade dos fiéis a libertação do poder do mal.

O convite, a oração, o embolismo e a doxologia conclusiva dita pelo povo, devem ser cantados ou recitados em voz alta.

Rito da paz

82. Segue-se o rito da paz, no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si própria e para toda a família humana, e os féis exprimem uns aos outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no Sacramento.

Quanto ao próprio sinal com que se dá a paz, as Conferências dos Bispos determinarão como se há de fazer, tendo em conta a mentalidade e os costumes dos povos. Mas é conveniente que cada um dê a paz com sobriedade apenas aos que estão mais perto de si.

Fração do pão

83. O sacerdote parte o pão eucarístico. O gesto da fração, praticado por Cristo na última Ceia, e que serviu para designar, nos tempos apostólicos, toda a ação eucarística, significa que os fiéis, apesar de muitos, se tornam um só Corpo, pela Comunhão do mesmo pão da vida que é Cristo, morto e ressuscitado pela salvação do mundo (1 Cor 10, 17). A fração começa depois de se dar a paz e realiza-se com a devida reverência, mas não se deve prolongar desnecessariamente nem se lhe deve atribuir uma importância excessiva. Este rito é reservado ao sacerdote e ao diácono.

Enquanto o sacerdote parte o pão e deita uma parte da hóstia no cálice, a schola ou um cantor canta ou pelo menos recita em voz alta a invocação Cordeiro de Deus, a que todo o povo responde. A invocação acompanha a fração do pão, pelo que pode repetir-se o número de vezes que for preciso, enquanto durar o rito. Na última vez conclui-se com as palavras: Dai-nos a paz.

Comunhão

84. [ ] O sacerdote prepara-se para receber frutuosamente o Corpo e Sangue de Cristo rezando uma oração em silêncio. Os fiéis fazem o mesmo orando em silêncio.

Depois o sacerdote mostra aos fiéis o pão eucarístico sobre a patena ou sobre o cálice e convida-os para o banquete de Cristo; e, juntamente com os fiéis, faz um ato de humildade, utilizando as palavras evangélicas prescritas.

85. É muito para desejar que os fiéis, tal como o sacerdote é obrigado a fazer, recebam o Corpo do Senhor com hóstias consagradas na própria Missa e, nos casos previstos, participem do cálice (cf. n. 283), para que a Comunhão se manifeste, de forma mais clara, nos próprios sinais, como participação no sacrifício que está a ser celebrado[37].

86. Enquanto o sacerdote toma o Sacramento, dá-se início ao cântico da Comunhão, que deve exprimir, com a unidade das vozes, a união espiritual dos comungantes, manifestar a alegria do coração e realçar melhor o caráter «comunitário» da procissão daqueles que vão receber a Eucaristia. O cântico [ ] prolonga-se enquanto se ministra aos fiéis o Sacramento[38]. [ ] Se se canta um hino depois da Comunhão, o cântico da Comunhão deve terminar a tempo.

Procure-se que também os cantores possam comungar comodamente.

87. Como cântico da Comunhão pode utilizar-se ou a antífona indicada no Gradual Romano, com ou sem o salmo correspondente, ou a antífona do Gradual simples com o respectivo salmo, ou outro cântico apropriado aprovado pela Conferência dos Bispos. Pode ser cantado ou só pela schola, ou pela schola ou por um cantor juntamente com o povo.

Se, porém, não se canta, a antífona que vem no Missal pode ser recitada ou pelos fiéis, ou por alguns deles, ou por um leitor, ou então pelo próprio sacerdote depois de ter comungado e antes de dar a Comunhão aos fiéis.

88. Terminada a distribuição da Comunhão, o sacerdote e os fiéis, conforme a oportunidade, oram alguns momentos em silêncio. Se se quiser, também [ ] pode ser cantado por toda a assembléia um salmo ou outro cântico de louvor ou um hino.

89. Para completar a oração do povo de Deus e concluir todo o rito da Comunhão, o sacerdote diz a oração depois da Comunhão, na qual implora os frutos do mistério celebrado.

Na Missa diz-se uma só oração depois da Comunhão, que termina com a conclusão breve, isto é:
  • se a oração se dirige ao Pai: Per Christum Dóminum nostrum;
  • se se dirige ao Pai mas no fim da oração se menciona o Filho: Qui vivit et regnat in sáecula saeculórum;
  • se se dirige ao Filho: Qui vivis et regnas in saecula saeculórum.
O povo faz sua esta oração por meio da aclamação: Amen.

D) Rito de conclusão

90. O rito de conclusão consta de:
  • a) Notícias breves, se forem necessárias;
  • b) Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais solene de bênção.
  • c) Despedida da assembléia, feita pelo diácono ou sacerdote;
  • d) Beijo no altar por parte do sacerdote e do diácono e depois inclinação profunda ao altar por parte do sacerdote, do diácono, e dos outros ministros.
[1] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, n. 5; Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 33.
[2] Cf. Conc. Ecum.. Trid., Sessão XXII, Doctr. de SS. Missæ Sacrificio, cap. 1: Denz-Schönm. 1740; cf. Paulo VI, Solene profissão de fé, do dia 30 de junho de 1968, n. 24: A.A.S. 60 (1968) p. 442.
[3] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 7; Paulo VI, Carta Enc. Mysterium Fidei, do dia 3 de setembro de 1965: A.A.S. 57 (1965) p. 764.
[4] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 56.
[5] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 48, 51; Const. dogm. sobre a Revelação divina, Dei Verbum, n. 21; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, n. 4.
[6] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 7, 33, 52.
[7] Cf. ibidem, n. 33.
[8] Cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Musicam sacram, do dia 5 de março de 1967, n. 14: A.A.S. 59 (1967) p. 304.
[9] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 26-27; S. Congr. dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, do dia 25 de maio de 1967, n. 3d: A.A.S. 59 (1967) p. 542.
[10] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 30.
[11] Cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Musicam sacram, do dia 5 de março de 1967, n. 16a: A.A.S. 59 (1967) p. 305.
[12] S. Agostinho de Hipona, Sermão 336, 1: PL 38, 1472.
[13] Cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Musicam sacram, do dia 5 de março de 1967, n. 7, 16: A.A.S. 59 (1967) p. 302, 305.
[14] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 116; cf. também ibidem, n. 30.
[15] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 54; cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Inter Ecum.enici, do dia 26 de setembro de 1964, n. 90: A.A.S. 56 (1964) p. 897; Instr. Musicam sacram, do dia 5 de março de 1967, n. 47: A.A.S. 59 (1967) p. 314.
[16] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 34; cf. também n. 21.
[17] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 30.
[18] Cf. ibidem, n. 40; cf. Congr. do Culto Divino e da Disciplina dos Sacramentos, Instr. Varietates legitimæ, do dia 25 de janeiro de 1994, n. 41: A.A.S. 87 (1995) p. 304.
[19] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 30; cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Musicam sacram, do dia 5 de março de 1967, n. 17: A.A.S. 59 (1967) p. 305.
[20] Cf. João Paulo II, Carta Ap. Dies Domini, do dia 31 de maio de 1998, n. 50: A.A.S. 90 (1998) p. 745.
[21] Cf. infra [no próprio Missal].
[22] Cf. Tertuliano, Adversus Marcionem, IV, 9: PL 2, 376A; Orígenes, Disputatio cum Heracleida, n. 4, 24: SC 67, p. 62; Statuta Concilii Hipponensis Breviata, 21: CCSL 149, p. 39.
[23] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 33.
[24] Cf. ibidem, n. 7.
[25] Cf. ibidem, n. 51.
[26] Cf. João Paulo II, Carta Ap. Vicesimus quintus annus, do dia 4 decembris 1988, n. 13: A.A.S. 81 (1989) p. 910.
[27] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 52; cf. Codex Iuris canonici, can. 767 § 1.
[28] Cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Inter Ecum.enici, do dia 26 de setembro de 1964, n. 54: A.A.S. 56 (1964) p. 890.
[29] Cf. Codex Iuris canonici, can. 767 § 1; Pont. Com. para a autêntica interpretação do Código de Direito Canônico, respons. ad dubium circa can. 767 § 1: A.A.S. 79 (1987), p. 1249; Instrução interdicasterial sobre algumas questões relativas à colaboração dos fiéis leigos no ministério dos sacerdotes, Ecclesiæ de mysterio, do dia 15 de agosto de 1997, art. 3: A.A.S. 89 (1997), p. 864.
[30] Cf. ibidem, n. 53: A.A.S. 56 (1964) p. 890.
[31] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 53.
[32] Cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Inter Ecum.enici, do dia 26 de setembro de 1964, n. 56: A.A.S. 56 (1964) p. 890.
[33] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 47; S. Congr. dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, do dia 25 de maio de 1967, n. 3a, b: A.A.S. 59 (1967) p. 540-541.
[34] Cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Inter Ecum.enici, do dia 26 de setembro de 1964, n. 91: A.A.S. 56 (1964) p. 898; Instr. Musicam sacram, do dia 5 de março de 1967, n. 24: A.A.S. 59 (1967) p. 554.
[35] Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 48; S. Congr. dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, do dia 25 de maio de 1967, n. 12: A.A.S. 59 (1967) p. 548-549.
[36] Cf. Conc. Ecum.. Vat. II, Const. sobre a sagrada Liturgia, Sacrosanctum Concilium, n. 48; Decr. sobre o ministério e a vida dos Presbíteros, Presbyterorum ordinis, n. 5; cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, do dia 25 de maio de 1967, n. 12: A.A.S. 59 (1967) p. 548-549.
[37] Cf. S. Congr. dos Ritos, Instr. Eucharisticum mysterium, do dia 25 de maio de 1967, n. 31, 32: A.A.S. 59 (1967) p. 558-559; S. Congr. da Disciplina dos Sacramentos, Instr. Immensæ caritatis, do dia 29 de janeiro de 1973, n. 2: A.A.S. 65 (1973) p. 267-268.
[38] Cf. S. Congr. para os Sacramentos e o Culto Divino, Instr. Inæstimabile donum, do dia 3 de abril de 1980, n. 17: A.A.S. 72 (1980) p. 338.

Fonte: Dom Henrique

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