A formação do músico católico é fundamental e a pedra principal é sua obediência e concordância litúrgica.
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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

COMO ESCOLHER CORRETAMENTE AS MÚSICAS DA MISSA?

1. O Ministro de Música é aquele que canta um canto novo e com arte sustenta a louvação (Salmo 32). O canto litúrgico não é um adorno.

2. Somente pode cantar um canto novo aquele que tem um coração novo (Ezequiel 36,26) O coração renovado exige zelo e tempo de ensaio = espiritualidade e técnica. Tempo desfuncionalizado – “Liturgia são os filhos brincando na frente do Pai = o lúdico comunitário ritualizado”.

3. Para ter um CORAÇÃO NOVO é preciso estar afinado com Deus e com os irmãos.

Ter vida sacramental. Inserir a equipe de celebração na de liturgia. “Santidade rima com sanidade”.

4. Sustentar o louvor (e o clamor) com ARTE faz parte da missão do músico cristão.

5. Para escolher as músicas da Missa é preciso conhecer a REALIDADE DA ASSEMBLÉIA.

6. Para escolher as músicas da Missa é necessário situar a celebração no ANO LITÚRGICO.

7. Para situar a celebração no Ano Litúrgico é fundamental consultar o Diretório Litúrgico.

8. Para conhecer o FOCO de uma celebração é necessário ler, pelo menos, a ORAÇÃO DA COLETA e o EVANGELHO DO DIA.

9. Cantar “a” Missa, ou cantar “na” Missa? Eis a questão. Considerar os três tipos de canto possíveis em uma Missa:

  • a. Diálogo do Ordinário com a assembléia
  • b. Comum: Senhor, Glória, Creio, Santo e Cordeiro.
  • c. Próprio: Entrada, Salmo, Aclamação, Oferendas, Comunhão, Louvor-Ação de Graças.
10. A música será tanto mais santa quanto mais intimamente estiver ligada à AÇÃO LITÚRGICA.

11. Rito é rito, ou seja, o “ritmo” celebrativo da salvação.

12. Lembre-se que o Espírito Santo é o principal ANIMADOR da Ação Litúrgica.

13. Na liturgia cantamos na mesma voz: a do Corpo Místico de Cristo que é a Igreja reunida em Assembléia.

14. Somos uma Assembléia de “convocados” que clama: ABBÁ, PAI.

15. A Liturgia não é propriedade privada. Em Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II nos chama a voltar à obediência às normas litúrgicas! A Missa não é propriedade privada de NINGUËM: nem do celebrante, nem de equipe de liturgia, nem da comunidade. É propriedade de Deus, administrada pela Igreja.

16. O critério da música litúrgica não é o gosto pessoal.

17. O critério para escolha das músicas da missa não é simplesmente aquilo que vemos nas missas da TV.

18. O critério de musica litúrgica não é o que aparece nos folhetos litúrgicos.

19. Os critérios para escolher corretamente as músicas da missa estão claramente expressos na INSTRUÇÃO GERAL SOBRE O MISSAL ROMANO - É preciso conhecê-lo, lê-lo, estudá-lo, consultá-lo!!!

20. É necessário preparar com antecedência as músicas da missa. Quando ia celebrar com seus discípulos a ceia pascal, onde instituiu o sacrifício do seu Corpo e Sangue, o Cristo Senhor mandou preparar uma sala ampla e mobiliada (Lc 22, 12). A Igreja sempre julgou dirigida a si esta ordem, estabelecendo como preparar as pessoas, os lugares, os ritos e os textos, para a celebração da Santíssima Eucaristia. Assim, as normas atuais, prescritas segundo determinação do Concílio Vaticano II, e o Novo Missal, que a partir de agora será usado na Igreja de Rito romano para a celebração da Missa, são provas da solicitude da Igreja, manifestando sua fé e amor imutáveis para com o supremo mistério eucarístico, e testemunhando uma contínua e ininterrupta tradição, ainda que algumas novidades sejam introduzidas.

21. É necessário conhecer as partes da missa e como colocar a música intimamente ligada à ação litúrgica. Tanto a Liturgia da Palavra como a Liturgia Eucarística.

22. A Missa consta, por assim dizer, de duas partes, a saber, a liturgia da palavra e a liturgia eucarística, tão intimamente unidas entre si, que constituem um só ato de culto. De fato, na Missa se prepara tanto a mesa da Palavra de Deus como a do Corpo de Cristo, para ensinar e alimentar os fiéis. Há também alguns ritos que abrem e encerram a celebração.

23. Enquanto o presidente da celebração fala, não deve existir fundo musical.

24. A natureza das partes “presidenciais” exige que sejam proferidas em voz alta e distinta e por todos atentamente escutadas. Por isso, enquanto o sacerdote as profere, não haja outras orações nem cantos, e calem-se o órgão e qualquer outro instrumento.

25. Deveríamos encontrar uma maneira de cantar os diálogos entre o sacerdote e os fiéis.

26. Sendo a celebração da Missa, por sua natureza, de índole “comunitária”, assumem grande importância os diálogos entre o sacerdote e os fiéis reunidos, bem como as aclamações, pois não constituem apenas sinais externos da celebração comum, mas promovem e realizam a comunhão entre o sacerdote e o povo.

27. A música pode ajudar a fazer das aclamações previstas no rito uma verdadeira oração.

28. As aclamações e respostas dos fiéis às orações e saudações do sacerdote constituem o grau de participação ativa que os fiéis congregados, em qualquer forma de Missa, devem realizar, para que se promova e exprima claramente a ação de toda a comunidade.

29. A música na missa pode ser um instrumento para fomentar a participação ativa de todo o povo.

30. Outras partes, muito úteis para manifestar e fomentar a participação ativa dos fiéis e que competem a toda a assembléia convocada, são principalmente o ato penitencial, a profissão de fé, a oração universal e a oração do Senhor.

31. É preciso distinguir entre músicas que constituem um rito independente daquelas que acompanham um rito.

32. Por fim, dentre as outras fórmulas:
  • a) algumas constituem um rito ou ato independente, como o hino do Glória, o Salmo Responsorial, o Aleluia e o versículo antes do Evangelho, o Sanctus, a aclamação da anamnese e o canto depois da Comunhão;
  • b) algumas, porém, acompanham um rito, tais como o canto da entrada, das oferendas, da fração (Agnus Dei) e da Comunhão.
33. Cada música na missa tem seu gênero, estilo, de modo que haja modulação. Isto deve respeitar a índole dos povos.

34. Nos textos que o sacerdote, o diácono, o leitor ou toda a assembléia devem proferir em voz alta e distinta, a voz corresponda ao gênero do próprio texto, conforme se trate de leitura, oração, exortação, aclamação ou canto; como também à forma de celebração e à solenidade da assembléia. Além disso, levem-se em conta a índole das diversas línguas e o gênio dos povos. Nas rubricas, portanto, e nas normas que se seguem, as palavras “dizer” ou “proferir” devem aplicar-se tanto ao canto como à recitação, observados os princípios acima propostos.

35. Cantar é próprio de quem ama.

36. O Apóstolo aconselha os fiéis, que se reúnem em assembléia para aguardar a vinda do Senhor, a cantarem juntos salmos, hinos e cânticos espirituais (cf. Cl 3, 16), pois o canto constitui um sinal de alegria do coração (cf. At 2, 46). Por isso, dizia com razão Santo Agostinho: “Cantar é próprio de quem ama”, e há um provérbio antigo que afirma: “Quem canta bem, reza duas vezes”.

37. É preciso algum discernimento para saber o que cantar e o que não cantar em uma celebração. Em todo caso, TODAS as músicas cantadas em Missa devem ter aprovação da CNBB  (talvez deva ser formada uma comissão na CNBB para aprovação das músicas litúrgicas?). Há um diretório próprio para celebração com crianças, aprovado pela CNBB.

38. Portanto, dê-se grande valor ao uso do canto na celebração da Missa, tendo em vista a índole dos povos e as possibilidades de cada assembléia litúrgica. Ainda que não seja necessário cantar sempre todos os textos de per si destinados ao canto, por exemplo, nas Missas dos dias de semana, deve-se zelar para que não falte o canto dos ministros e do povo nas celebrações dos domingos e festas de preceito. Na escolha das partes que de fato são cantadas, deve-se dar preferência às mais importantes e, sobretudo àquelas que o sacerdote, o diácono, o leitor cantam com respostas do povo; ou então àquelas que o sacerdote e o povo devem proferir simultaneamente.

39. O canto gregoriano continua ocupando o primeiro lugar como próprio da liturgia romana.

40. Em igualdade de condições, o canto gregoriano ocupa o primeiro lugar, como próprio da Liturgia romana. Outros gêneros de música sacra, especialmente a polifonia, não são absolutamente excluídos, contanto que se harmonizem com o espírito da ação litúrgica e favoreçam a participação de todos os fiéis. Uma vez que se realizam sempre mais freqüentemente reuniões internacionais de fiéis, convém que aprendam a cantar juntos em latim ao menos algumas partes do Ordinário da Missa, principalmente o símbolo da fé e a oração do Senhor, empregando-se melodias mais simples.

41. O silêncio é uma das “canções” previstas para a missa. Deve ser religiosamente respeitado (também na sacristia!).

42. Oportunamente, como parte da celebração deve-se observar o silêncio sagrado. A sua natureza depende do momento em que ocorre em cada celebração. Assim, no ato penitencial e após o convite à oração, cada fiel se recolhe; após uma leitura ou a homilia, meditam brevemente o que ouviram; após a comunhão, enfim, louvam e rezam a Deus no íntimo do coração. Convém que já antes da própria celebração se conserve o silêncio na igreja, na sacristia, na secretaria e mesmo nos lugares mais próximos, para que todos se disponham devota e devidamente para realizarem os sagrados mistérios.

Fonte: Diocese de Novo Hamburgo

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