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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

A EUCARISTIA

Visão geral

O Sacramento da Eucaristia é o sacramento por excelência. A palavra eucaristia significa «ação de graças». Na celebração eucarística os cristãos fazem memorial da Páscoa de Cristo Jesus, tornando presente o mistério da entrega que Cristo fez de si ao Pai para a salvação do mundo inteiro através da sua paixão, morte, ressurreição, ascensão ao céu e do dom do Espírito Santo.

Assim, cada vez que se celebra a Eucaristia torna-se presente a nossa salvação. Nesta santa celebração a Igreja apresenta ao Pai a Páscoa do Filho, tornada presente pela força do Espírito Santo. Ponto alto da celebração são o momento da epíclese (invocação do Espírito para transformar as espécies no corpo e sangue de Cristo) e da anámnese (recordação da entrega que Cristo fez na Última Ceia, transformando o pão no seu Corpo e o vinho com água no seu Sangue).

Recebendo o Corpo do Cristo ressuscitado, pleno do Espírito Santo, nós somos divinizados, santificados, tornamo-nos, no Espírito Santo, uma só coisa com o Senhor Jesus e, nele, uma só coisa uns com os outros. É por isso que pode-se dizer que a Eucaristia faz a Igreja.

Na Eucaristia o Senhor está presente na sua Palavra, no Celebrante, na Assembléia, mas, sobretudo nas espécies do pão e do vinho.

A Eucaristia é a mais intensa ação de Cristo que, por nós e conosco agradece, louva, suplica, pede perdão ao Pai na potência do Espírito Santo.    

A Eucaristia é também fonte da atividade missionária da Igreja, pois celebrando a Páscoa do Senhor, escutando a sua Palavra e alimentados com o Pão eucarístico, somos impelidos a anunciá-lo até que ele venha.

História e estrutura da Eucaristia

No início a Eucaristia era celebrada pelas casas e chamava-se «fração do pão». Primeiro fazia-se uma refeição em comum chamada «ágape». Rezava-se e lia-se um texto do AT; o presidente fazia uma homilia. No final, o presidente da celebração pronunciava a bênção de ação de graças (eucaristia) sobre o pão e o vinho em memorial do que o Senhor fez. Tal modo de celebrar desapareceu cedo devido aos abusos: uns iam só para comer, enquanto outros passavam fome (cf. 1Cor 11,17-34).

Ainda no final da época apostólica já aparecia claramente na celebração eucarística as duas parte essenciais: a Liturgia da Palavra, na qual se recordava as maravilhas de Deus, cumpridas na missão e na Páscoa de Cristo e a Liturgia Eucarística, na qual tudo quanto foi anunciado tornava-se presente ao tornar-se presente a Páscoa do Senhor no pão e no vinho. Lc 24,13-35 é um exemplo disso: esta passagem é uma catequese sobre a Eucaristia: os discípulos tristes no caminho escutam a Palavra do Senhor que lhes explica as Escrituras a seu respeito; depois partem o pão. E na Palavra e no Pão partido reconhecem o Senhor!

Devido a esse gesto de «dar graças» a celebração vai cada vez mais sendo chamada Eucaristia. No fim da era apostólica, com o início das perseguições e o aumento do número de cristãos, celebrava-se a Eucaristia na madrugada do Domingo (dies Domini = dia do Senhor). Na noite do sábado para o domingo os cristãos se reuniam. Cantava-se, liam-se textos da Escritura (AT) e as memórias dos Apóstolos (NT). Entre uma leitura e outra, aquele que presidia explicava os textos sagrados, relacionando tudo com Cristo. Quando o sol começava a despontar, aquele que presidia pronunciava a eucaristia (=a ação de graças) sobre o pão e o vinho. Depois todos comungavam e os diáconos levavam as espécies consagradas aos que não puderam participar. As pessoas traziam também donativos para os pobres; estes donativos eram recebidos pelo que presidia e entregue aos diáconos, que os distribuíam.

Em Roma, a Eucaristia era celebrada nas catacumbas, pois os pagãos tinham medo de entrar aí pela noite. Em geral celebrava-se sobre o túmulo de um mártir, pois este, derramando seu sangue, uniu-se ao sacrifício de Cristo, tornando-se uma eucaristia viva. Daí vem o costume de colocar sempre dentro do altar relíquias de mártires ou de outros santos.

Com a liberdade da Igreja, a Eucaristia começou a ser celebrada nos templos e passou a ter uma maior solenidade: o presidente agora usava paramentos e as palavras a serem pronunciadas passaram a ser fixadas no missal. Na Idade Média começou-se a chamar a Eucaristia de Missa. Esta palavra vem do latim missio, que significa missão; ou seja, celebrar a Eucaristia é cumprir a missão que o Senhor nos confiou até que ele volte e, ao mesmo tempo, anunciá-lo ao mundo.

Características
  • Ministro: o Bispo e os presbíteros. Não existe ministro extraordinário da Eucaristia! Existem, sim, ministros extraordinários da comunhão eucarística! Estes podem exercer seu ministério somente na sua Paróquia quando convidado pelo padre.
  • Elementos essenciais: o pão sem fermento, o vinho e a água.
  • Sendo de origem apostólica, a estrutura da Eucaristia não pode ser mudada nem mesmo pela Igreja: tem de ter a liturgia da Palavra e a liturgia eucarística.
  • Também tem de haver a comunhão, ao menos do presidente. Participar da Eucaristia sem comungar é algo extremamente aberrante... mais que ir a um banquete e não participar da refeição!
Características atuais da Celebração eucarística

ESTRUTURA

I - LITURGIA DA PALAVRA 
  • acolhida
  • ato penitencial
  • glória
  • coleta
  • I leitura
  • salmo
  • II leitura
  • aleluia
  • evangelho
  • homilia
  • credo
  • oração dos fiéis
II - LITURGIA EUCARÍSTICA 
  • apresentação das ofertas
  • oração
ORAÇÃO EUCARÍSTICA: 
  • prefácio
  • epiclese
  • anámnese (memorial, consagração)
  • intercessões
  • doxologia
RITO DA COMUNHÃO: 
  • Pai-nosso
  • rito da paz
  • fração do Pão
  • comunhão da assembléia
  • silêncio sagrado
  • oração após a comunhão
RITOS FINAIS: 
  • eventuais avisos
  • bênção
  • despedida

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