A formação do músico católico é fundamental e a pedra principal é sua obediência e concordância litúrgica.
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terça-feira, 23 de setembro de 2014

A MÚSICA NA ANTIGUIDADE E O IMPACTO DA VERDADE ATRAVÉS DA ARTE

Os relatos que temos da música, em sua maioria, estão ligados à religiosidade. Na palestina, por exemplo, encontramos alguns resquícios na Bíblia, onde mostra o povo se utilizando da música como um hábito. Um grande exemplo, encontra-se no livro dos Salmos, escrito pelo rei Davi, onde cita várias letras de canções e cânticos hebraicos juntamente com instrumentos da época, como por exemplo, a harpa. Acredita-se que o rei Salomão incluía em suas reuniões trompetes e canto coral, acompanhados de instrumentos de cordas.

No antigo Egito utilizavam-se paus e bastões, como também discos e acompanhavam com canto. Posteriormente desenvolveram diversos ritmos que ai se uniram a grandes coros.

Os militares utilizavam trompetes e tambores. Havia presença entre os músicos, especialmente da corte, instrumentos de corda e sopro, bem como a harpa.
Alguns intelectuais e historiadores continuam se lançando na história grega e romana em busca de novas descobertas ou de correções em teorias já levantadas.

Na Grécia, eles representavam as notas musicais com as letras do próprio alfabeto. Agrupando tais notas em tetracordes formavam modos (antecedendo as escalas maiores e menores). Tocavam de forma improvisada, mas perfeita. A música unia-se fortemente às outras artes, possuindo um ritmo e uma melodia poética. Estava fortemente presente em cultos religiosos, bem como em teatros e em concursos públicos.

Em Roma a música desempenhava um papel específico no teatro, na religião e na vida militar. Em cada qual ela possuía significados diferenciados. Alguns estudiosos dizem que as teorias e as técnicas musicais romanas foram “copiadas” dos gregos, pouco acrescentando naquilo que já havia sido desenvolvido. Porém, foram os romanos que inventaram alguns instrumentos como a tuba (percussora do trombone), a tíbia (percussora da gaita-de-foles) e um órgão hidráulico ou pneumático, chamado hydraulis, cujo fluxo de ar nos tubos era constante e mantido por meio de pressão de água.

Os chineses possuíam uma vasta diversidade de instrumentos que influenciaram todo o Oriente. Possuíam um grande estilo e originalidade, destacando-se pela grande perfeição musical. Tinham oitenta e quatro escalas diferentes, enquanto que o sistema tradicional da música ocidental possuía apenas vinte e quatro. Criaram também uma escala pentatônica. Acreditavam fortemente que a música e mágica estavam relacionadas. Utilizavam flautas, cítaras e alguns instrumentos de percussão.

Na Índia existia um sistema musical baseado em tons e semitons. Destacaram-se, também, pela força da religiosidade e o processo da vida humana. Tocavam-se instrumentos de sopro, corda e percussão.

Fontes de Pesquisa: 
  • MÚSICA NA ANTIGUIDADE, Língua e Literatura FARACO e MOURA - vol 1,2 e 3 IIGrau Editora Ática
  • BENNETT, Roy. Uma breve história da música.Rio de Janeiro: Zahar, 1986.
  • COLL, César, TEBEROSKY, Ana. Aprendendo Arte. São Paulo: Ática, 2000.
Nos dias de hoje a música, como uma expressão da arte, ainda influencia na vida das pessoas, como exemplo, o texto abaixo escrito pela cantora católica Ziza Fernandes.

"Quando penso no papel da arte em minha alma, lembro-me do dia em que ouvi a Deus pela primeira vez, através de uma peça de teatro com mímica, dança e uma trilha sonora belíssima.

Até me lembro de cada detalhe! Foi a beleza daquele momento que me atraiu, me conquistou! Dos artistas não me lembro, mas da arte…

Foram muitas as vezes que a arte, em suas inúmeras expressões, como música, dança, literatura, pintura, provocou mudanças fortes e importantes em minha alma. Senti-me impelida a ser uma pessoa melhor por causa das belezas incontestáveis que meus olhos viram, meus ouvidos ouviram, minha alma leu. Deus já falou-me muito através da arte!

Acredito que um dos papéis da arte, e talvez o mais importante deles, seria provocar em nós esse impacto inicial, isso que senti naquele dia com aquele teatro, agindo sobre nossa consciência diretamente e nos provocando imediatamente uma reflexão, que poderia durar dias, meses ou anos. Um impacto sem uma reflexão acompanhada é vão, vazio, inútil. Que seria daquele dia se eu não tivesse pensado nele? Para onde teria ido minha alma? A força da beleza me segurou. Era a voz de Deus!

Há sempre aquela canção que nos acompanha por anos e cada vez que vamos escutá-la novamente, ela parece nos falar de forma diferente, mesmo depois da reação emocional já ter passado uma vez do seu ponto máximo. Talvez aí tenha chegado o momento da reflexão profunda e comprometedora de não seguirmos mais os mesmos depois de uma verdade conhecida através da arte: verdade conhecida deve ser verdade obedecida! Sem perdas de tempo, pois tempo é vida!

O impacto da arte não deve ser pensado apenas a nível emocional, isso faria dele uma arte superficial e nada modificador. Esse impacto, para ser percebido verdadeiramente, exige tempo e certo distanciamento da alma que o experimenta. É salutar gastar tempo com uma experiência artística. Ver e ouvir, avaliar e ler muitas vezes, deixar cair em terreno profundo e fértil. Dizem que a palavra é contestável, mas a beleza nunca! A beleza é uma força evangelizadora inquestionável.

Quando esse impacto de evangelização é provocado com beleza profunda, com certeza a palavra de Deus contida na arte, que é viva e em movimento, realiza seu trabalho, pois “toda semente que cair na terra, germinará”.

A evangelização através da arte é um desafio para os brasileiros, para que não seja apenas uma experiência emocional que passa. O sentimento engana, a voz do Espírito sim é de confiança! E é essa voz que deve ser proclamada através de todas as expressões artísticas. Isso é evangelizar: dar a boa notícia com beleza incontestável! Se a notícia pode ser questionada, a beleza jamais poderá!"

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