A formação do músico católico é fundamental e a pedra principal é sua obediência e concordância litúrgica.
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

CELEBRAR: QUEM, ONDE, COMO?

I -Liturgia como obra da Santíssima Trindade

O que é liturgia? é o cimo para o qual se dirige a ação da Igreja e, ao mesmo tempo, a fonte donde emana toda a sua força (SC, n. 10).[1] Ela é obra da Trindade. Vejamos:

1. De que modo o Pai é o fim e a fonte da liturgia?

É o fim porque por ela os celebrantes bendizem o Pai e é fonte, porque, por ela, o Pai enche de bênçãos os celebrantes.

Assim que, na liturgia, o Pai enche de bênçãos a assembléia celebrante, através do Filho, e derrama o Espírito Santo nos nos seus corações. Enquanto isso, a Igreja bendiz o Pai, mediante a adoração, o louvor e a ação de graças, e também implora o dom do seu Filho e do Espírito Santo (CIC, perg. 221).[2]

2. Liturgia como obra de Cristo

Qual é a obra de Cristo na liturgia?

Na liturgia da Igreja, Cristo realiza principalmente o seu Mistério pascal. Ao doar o Espírito Santo aos Apóstolos, concedeu a eles e aos seus sucessores o poder de continuar a realizar a obra da salvação por meio do Sacrifício eucarístico e dos sacramentos. Através da celebração eucarística e dos demais sacramentos, é o próprio Jesus que age para comunicar a sua graça aos fiéis de todos os tempos e em todo o mundo (CIC, perg. 222).

3. Liturgia como obra do Espírito Santo

Na liturgia, como atua o Espírito Santo em relação à Igreja?

Na liturgia, o  Espírito Santo prepara a Igreja para encontrar o seu Senhor. Ele recorda e manifesta Cristo à assembléia. Faz acontecer, de modo real, o Mistério de Cristo. Dessa forma  o Espírito Santo une a Igreja à vida de Cristo e faz frutificar nela o dom da comunhão (CIC, perg. 223).

II – Quem celebra?

A assembléia e Cristo. O Presidente pode ser o bispo ou o presbítero. Pode ser também o ministro não ordenado ou outra pessoa autorizada em outros casos como batismo, celebração da palvra e outros.

1. Quem celebra na liturgia?

Na liturgia age Cristo e sua Igreja.  Se considerarmos a Igreja como corpo místico, ou, corpo que existe no espírito, então dizemos que age o Cristo Cabeça e a Igreja como membros do seu Corpo, que é a Igreja celeste e terrestre. (CIC, perg. 233)

2. Por quem é celebrada a liturgia celeste?

A liturgia celeste é celebrada + pelos anjos, + pelos santos da Antiga e da Nova Aliança,
  • em particular pela Mãe de Deus,
  • pelos Apóstolos,
  • pelos mártires e
  • por uma «numerosa multidão, que ninguém» pode contar, «de todas as nações, tribos, povos e línguas» (Ap 7,9).
Liturgia une os celebrantes do céu e da terra (CIC,  perg. 234).

3. Como é que a Igreja na terra celebra a liturgia?

A Igreja, na terra, celebra a liturgia, como povo sacerdotal. Cada participante exerce sua função, segundo a inspiração e  unidade promovida pelo do Espírito Santo:
  • os batizados oferecem-se em sacrifício espiritual;
  • os ministros ordenados celebram segundo a Ordem recebida para o serviço de todos os membros da Igreja; (diáconos, sacerdotes e bispos).
  • os Bispos e os presbíteros agem na pessoa de Cristo Cabeça (CIC, perg. 235).
III – Como celebrar

1. Como é celebrada a liturgia?

A celebração litúrgica é realizada com de sinais e de símbolos extraídos da criação e das culturas humanas. O significado destes elementos  provém dos acontecimentos da Antiga Aliança e se revela plenamente na Pessoa e na obra de Cristo (CIC, perg. 236). Por exemplo, a nuvem, é um elemento da criação presente no antigo testamento, que significava a presença do Senhor guiando o povo hebreu. A luz é outro elemento da criação, evocado por Jesus: Vós sois a luz do mundo.

2. Donde provêm os sinais sacramentais?
  • Alguns provêm da criação (luz, água, fogo, pão, vinho, óleo); 
  • outros da vida social (lavar, ungir, partir o pão);
  • outros da história da salvação na Antiga Aliança (os ritos da Páscoa, os sacrifícios, a imposição das mãos, as consagrações).
Destes sinais sacramentais alguns são imutáveis, assumidos por Cristo tornam-se portadores da ação salvífica e de santificação (CIC, perg. 237). Ex.Pão e vinho.

3. Quais os critérios do canto e da música na celebração litúrgica?

O canto e a música estão intimamente conexos com a ação litúrgica. Devem respeitar os seguintes critérios:
  • a conformidade à doutrina católica dos textos, tomados de preferência da Escritura e das fontes litúrgicas;
  • a beleza expressiva da oração;
  • a qualidade da música;
  • a participação da assembleia;
  • a riqueza cultural do Povo de Deus e o carácter sacro e solene da celebração. «Quem canta reza duas vezes» (S. Agostinho). (CIC, perg. 239).
4. As liturgias podem ocorrer fora dos edifícios sagrados?

Sim, como em casa de família ou outro lugar. O templo é a sede, o lugar comum ordinário. É possível a celebração litúrgica acontecer em outro lugar, conforme orientação de cada paróquia.

IV – Onde celebrar

1. A Igreja tem necessidade de lugares para celebrar a liturgia?

Sim. É certo que o culto «em espírito e verdade» (Jo 4,24) da Nova Aliança não está ligado a nenhum lugar exclusivo. Cristo é o verdadeiro templo, por meio do qual os cristãos que o carregam consigo tornam-se templos do Deus vivo. Neste sentido, a celebração da liturgia pode ser feita também fora dos templos, em lugares autorizados pelas autoridades eclesiásticas, como casas de famílias ou outros lugares.

Todavia o Povo de Deus, na sua condição terrena, tem necessidade de lugares nos quais a comunidade se possa reunir para celebrar a liturgia (CIC, perg. 244). São lugares especiais onde os cristãos se reúnem para celebrar juntos.

2. O que são os edifícios sagrados?

São os templos. São as casas de Deus, símbolo da Igreja que vive num lugar e também da morada celeste. São lugares de oração, nos quais a Igreja celebra sobretudo a Eucaristia e adora Cristo realmente presente no tabernáculo (CIC, perg. 245).

3. Quais são os lugares privilegiados no interior dos edifícios sagrados?

São: o altar, o tabernáculo, o lugar onde se guarda o santo crisma e os outros óleos sagrados, a cadeira do Bispo (cátedra) ou do presbítero, o ambão, a fonte batismal, o confessionário (CIC, perg. 246).

V – Diversidade litúrgica e unidade do mistério

1. Unidade e diversidade nas celebrações

As celebrações litúrgicas possuem uma unidade, mas também possuem elementos que se ajustam às circunstâncias em que ocorre a celebração, à situação das comunidades.

2. Qual é o critério que assegura a unidade nas celebrações litúrgicas, embora haja diversidade de culturas?

A unidade é assegurada pela fidelidade à Tradição Apostólica. Ou seja, pela fidelidade e comunhão na fé e nos sacramentos recebidos dos Apóstolos. Essa comunhão é significada e garantida pela sucessão apostólica.Por outro lado, atendendo à diversidade cultural, desde que se preserve a integridade do conteúdo recebido na sucessão apostólica, a Igreja, por ser universal ou católica, pode integrar na sua unidade todas as verdadeiras riquezas das culturas (CIC, perg. 248).

3. Na liturgia, o que é mutável e o que é imutável?

Na liturgia, sobretudo na dos sacramentos, existem elementos imutáveis, porque de instituição divina, e dos quais a Igreja é guardiã. Existem depois elementos susceptíveis de mudança, que a Igreja tem o poder, e, muitas vezes o dever, de adaptar às culturas dos diferentes povos (CIC, perg. 249). Ex. de elementos imutáveis: missa com pão e vinho, batismo de água. Mutáveis: a forma do ato penitencial, a forma de receber a comunhão (duas espécies, só uma, na mão ou na boca). Tudo, porém, depende de autorização da autoridade eclesiástica local, guardiã da sucessão Apostólica.

[1] SC = Sacrosanctum Concilium. É um documento do Concílio Vaticano II que trata sobre a sagrada liturgia.

[2] CIC = Catecismo da Igreja Católica.  Perg = Pergunta.

[3] Lexicon, Dicionário Teológico e Enciclopédico, coord. Vito Mancuso, São Paulo: Edições Loyola, 2003, p. 28.

[4] Lexicon, Dicionário Teológico e Enciclopédico, coord. Vito Mancuso, São Paulo: Edições Loyola, 2003, p. 28.

[5] Lexicon, Dicionário Teológico e Enciclopédico, coord. Vito Mancuso, São Paulo: Edições Loyola, 2003, p. 28.

[6] Missal dominical: Missal da assembléia cristã, 8 ed. São Paulo: Paulus, 1995, p. 48 da introdução.

Fonte: Meritocat

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